Recentemente em uma palestra o professor da NYU, Scott Gallaway, disse que, por conta do processo de distanciamento social gerado pela pandemia, diversas empresas aceleraram a digitalização de seus processos e evoluíram o equivalente a 10 anos em 8 semanas.

Apesar da crise global trazida pelo coronavírus, é evidente que, setores como e-commerce e healthtechs, estão aproveitando as oportunidades e atraindo o foco de investidores. Como exemplo disso, temos a Amazon, alcançando máxima histórica ($1.65 trilhões) de sua cotação na bolsa Americana e o setor de VC`s batendo recorde nos aportes em healthtechs.

Conforme o relatório Preqin, o ano de 2019 fechou com $19 bilhões de investimentos no setor de health tech, índice menor que 2018, onde contabilizou um total de $20 bilhões investidos. Porém, o primeiro trimestre de 2020, nos leva a crer que o setor voltará a crescer, tendo como alavanca as novas demandas que a pandemia nos trouxe. Os investimentos no setor aumentaram 76%, quando comparado com o 1º trimestre de 2019.

Soluções que usam inteligência artificial, estão entre as principais apostas das VCs. Países como a China, já dispõe de tecnologias de AI para diagnóstico e monitoramento em tempo real do coronavírus, e ainda contam com condomínios inteligentes com robôs que entregam a comida na porta da sua casa.

Com a crise de saúde e financeira que se desdobra com a pandemia, ficou ainda mais claro ao mercado, que existe espaço para entrada, expansão e aceleração de novas soluções e tecnologias, principalmente após a pandemia expor velhos gargalos do setor:

· Acessibilidade a equipe multiprofissional de confiança;

· Engajamento e educação do paciente no auto-cuidado;

· Cuidado Coordenado Integral;

· Expansão de serviços de Telemedicina;

· Ciência e Comunidade Científica;

· Integração de Dados;

Porém, não podemos nos esquecer que a área da saúde, diferente de outros setores, possui uma linha muito tênue na oferta de serviço, principalmente quando citamos as dificuldades da jornada do cuidado de um paciente.

Dessa forma, certamente os empreendedores que conseguirem utilizar as diferentes ferramentas de tecnologia, como big data, inteligência artificial, machine learning, telehealth, blockchain e outros, de forma estruturada e integrada com as “novas” necessidades assistenciais, conseguirão sair na frente para atender as demandas da sociedade.